Se eu pudesse tirar-te a tristeza
e aclararte os olhos da cor da água,
esconder-me na tua mágua
e passar-te a minha força e dureza.
Se eu pudesse fazer que te olvides
do que te pegou bem no centro,
deixando cicatrizes bem dentro,
que quase impediram que chores.
Se eu pudesse conseguir que suspirasses
com projectos na manhã, de um futuro,
faría o impossível, juro-te,
para que outra vez te iludisses.
Para ver-te sorrír e estares contente,
disfrutando de todo o querido,
mudarei o triste do vivido,
deixandoo sómente o odor a menta.
E sabores de lima e de frambueza
com recurdações de cor azul intenso,
e um amor pequeno e indefeso
que te proteja dos pés à cabeça...
d.a