Entre o ir e o permanecer
Pedro Luiz Arengo
Num emaranhado hesita o meu peito
absorto nas palavras, meu pensamento!
A alma rota e até mesmo cansada
circula na tua imensidío…extasiada
O vento invisível bate forte nas vidraças
enquanto o tempo pulsa, o anseio me abraça
à beira deste papel eu deito a confusío
que insiste em repousar o meu coraçío.
As entranhas repetem a mesmice de sempre
sío verbos que vem e vío, sío insistentes!
refletem o meu centro na razío acorrentado
brilhando minha carne, nos olhos atordoados!
Nío sei se me vejo na fúria da correnteza
ou na mansidío das águas da jovem ribeira…
dissipa-se mais este instante, permaneço calado
sem saber, se na razío continuo, ou se para ti eu parto.