Amo-te assim, desconhecida e
obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da
procela
E o arrolo da saudade e da
ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu
aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso
idioma,
Em que da voz materna ouvi: “meu
filho!”
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o
amor sem brilho!