Mãe adotiva
©
Letícia Thompson
Eu
sei, mamãe, que por um capricho do destino, ou simples desejo Divino não foi em
seu ventre que me formei . Quis a vida que eu fosse escolhido não pelo acaso,
mas pelos próprios caminhos apontados por Deus.
Eu
sei que a primeira vez que você me sentiu mexer foi em seus braços e não em seu
ventre. Mas...mãe! Há algo mais forte que os laços de sangue: são os laços do
coração, aqueles que por uma razão inexplicável nos ligam para sempre a uma
outra pessoa. Assim eu nasci, não da sua barriga, mas do seu ser.
E
você me acolheu com braços quentes, como se eu fosse carne da sua carne. Me pôs
contra seu peito e eu pude ouvir a voz do seu coração me acalmava me dizendo
para não ter medo, que eu encontrei um lar. Você me devolveu a dignidade de
ser chamado de filho e a honra de ter uma verdadeira mãe, exatamente como deve
ser.
Sei
que em momentos de zanga eu digo que vou procurar minha mãe. Mas quero que você
saiba que meu coração não pensa o que digo e gostaria que me perdoasse. Mãe não
só é aquela que põe no mundo, mas aquela que, vivendo ao nosso lado, nos prepara
para enfrentar o mundo. Aquela que cura a dor com beijos e se alegra quando
nosso coração se alegra. Talvez você não tenha me dado a vida, mas deu
certamente uma razão para viver...
Deus
sabia, mamãe, que você era o anjo na medida exata para fazer a minha felicidade.
Te amo!
Letícia
Thompson
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