Mamãe, me acontece de me sentir tão pequena! Quero colo,
quero abraço, beijo-remédio...
Ser
grande às vezes me custa. Era bem mais fácil não ter problemas.
Eu
podia brincar na chuva, ser moleca, travessa, despreocupada.
Se
por acaso eu caísse, você estava sempre presente.
A
gente cresce e tem que aprender a se virar.
Falta
tempo pra tudo, pro jogo, pro abraço, pra não se
preocupar.
Hoje
sou mãe também, mamãe!
E só
mesmo sendo mãe, aprendi o significado dessa palavra e todas as
responsabilidades que ela acarreta.
Se eu
pudesse voltar atrás, te abraçaria mais, te beijaria mais, ficaria um pouco mais
no seu colo
sem
pensar na vida, sem me preocupar ao menos no que vai ter para
jantar.
Mas é
a minha vez!...
e sou
eu quem tento agora curar mágoas pequeninas das minhas crianças com beijos
intermináveis,
sou
eu quem digo "não se preocupe, mamãe vai cuidar."
Nem
sempre sei que direção tomar, ou escolher as palavras exatas para consolar.
Mas
eu confio no meu coração, como você sempre confiou no
seu.
Obrigada, mamãe, pela vida!
Nem
sempre eu disse e acho que nunca direi o suficiente para agradecer por todas as
vezes
que
você esteve presente.
Digo
agora e quero dizer sempre:
eu amo
você!
Letícia
Thompson
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