Nem sempre se vestem de paz
os verbos brilhantes e ousados
que elegem a força da farsa
e negam valor aos honrados.
Nem sempre a visão colabora
se o peito detém amargura.
Valores se vão logo embora
e dores ficam sem cura.
Fios da meada embaralham.
Perdem-se as pontas nos meios.
Tingem-se cores de negro.
Cobre-se o ouro nos veios.
Perguntam-se sábios falantes:
- Onde se perde a História?
Respondem seres mutantes:
- Nos erros de trajetória.
A falsa paz não já não vinga,
nem se mostram os leões.
Toma-se um gole e, na pinga,
choram de medo os vilões.
Cabeças estão a preço
que muitos não vão pagar.
Tentam burlar o endereço...