Trilhos de solidão Nita Ferreira
Por este e outro trilho ao caminhar Vejo-me ao ir, revejo-me ao voltar Não permaneço no jardim e em vão Entrego as rosas que trago na mão
Subo ao cimo de mim e da montanha Toco o anil de solidão tamanha Desço às margens de mim feita teu rio E morro, não sei, de calor ou frio
E só vivem meus sonhos e quimeras Que soltos se perdem pelas esferas E morros do orgulho em provação
E as palavras e silêncios como feras Rugem em minha alma Primaveras De sol em mar avesso à solidão
Nita Ferreira
in "Ciranda da Solidão" - AlmaPoesia
http://www.gabitogrupos.com/AlmaPoesia
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