Estar com alguém ao lado que não te agrada, para não comparecer aos eventos sozinha(o),
não é amor, é carência afetiva.
Perder o encanto pelo(a) parceiro(a) e continuar com ele para não causar sofrimento às famílias, não é amor, é carência afetiva.
Mudar seu jeito de falar, de se vestir, o corte e a cor do cabelo para agradar,
não é amor, é carência afetiva.
Moldar todas as suas atividades aos horários dele, não é amor, é carência afetiva.
Mudar totalmente seu gosto musical, gastronômico, esportivo e político,
não é amor, é carência afetiva.
Deixar de se sentir agradável porque ele(a) não mencionou hoje que você é bonita(o),
não é amor, é carência afetiva.
Ter relação sexual sem ter a mínima vontade por não se sentir pronta(o) ou disposta(o), só para não desapontá-lo(a) e segurá-lo(a) na relação, não é amor, é carência afetiva.
Deixar de ler aquele livro fantástico num sábado a tarde para acompanhá-lo(a) num lazer que você não gosta, não é amor, é carência afetiva.
Achar que a cada esquina há alguém fascinante que vai interessá-lo(a) mais que você,
não é ciuminho bobo, é carência afetiva.
Perder o contato com os amigos porque ele(a) tem ciúmes e quer você no mesmo grupo que
ele(a), não é amor, é carência afetiva.
Carência é a fome, a necessidade extrema de aceitação do outro, que gera a descaracterização de quem somos, perdemos a autenticidade, que é o nosso jeito de ser e de gostar, passamos a ser uma cópia daquele de quem desejamos o amor, o desejo e a aceitação irrestrita.
Todavia, quem unicamente cede numa relação, se desgasta emocionalmente, se frustra, se magoa e perde por fim a dignidade de ser quem é.
Nenhum relacionamento saudável pode ser construído quando um ou ambos os envolvidos entendem o amor desse modo doentio.
É preciso arriscar ser você mesma(o) para poder matar a fome de um amor íntimo.
Repensemos nossos valores e nossas relações, que sejam saudáveis e firmadas:
na Lealdade
no Amor
no Respeito
mútuos!