ETERNAMENTE
Ainda que o adeus fosse a certeza
Da última palavra a te lembrar,
Ainda assim, no auge da tristeza,
Eu haveria de te amar!
Ainda que eu tivesse de arrastar
Por largos anos uma cruz de espinhos,
Sorrindo iria eu pelos caminhos
E haveria de te amar!
E enquanto o tempo, extirpador de imagens,
Meu coração viesse arrebatar,
Ainda, contemplando outras paragens,
Eu haveria de te amar!
Ainda que habitasses, se bendito,
O paraíso etéreo e luminar,
Ainda caminhando no infinito,
Minha saudade iria te alcançar!
Porque o amor é o ar de uma existência;
E ninguém pode viver sem respirar
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