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O Amigo Leal
Livro: Caminhos do Amor Maria Dolores
Francisco Cndido Xavier
Falávamos de afeto e ligações humanas, Destacando uniões formosas e ideais, Tanto quanto anotando atitudes insanas Que, muita vez, transpiram De casos passionais, Quando um amigo afável e sizudo, Que nos seguia o estudo, Exclamou para nós, de modo convincente:
- Tudo quando dizeis é verdade inconteste Sobre os entes queridos que lembrais, Entretanto, igualmente, Se falamos de amor, é preciso ateste O amor dos animais.
E como se tivesse ali, de lado, O passado recente, Contou, emocionado:
- Em minhas lides de engenheiro, Fui, certa vez, designado Para serviços na fronteira; Levei comigo a companheira, O pequeno filhinho, - - um garoto de aninho, - E o nosso velho cão policial Que recebera, em nossa companhia, O nome de Leal.
No trabalho incessante em que me via, Fosse qual fosse o ambiente, Possuía em Leal o cão valente Que nos guardava a casa, dia-a-dia;
Ensinei-o a velar por nosso pequenino E dedicou-se o cão, de tal maneira, Que mantinha atenção, semana inteira, Entre a porta do quarto e o berço do menino.
Morávamos, então, no agreste bravo... Achavam-se, não longe, algumas feras; Era o lobo e, além dele, era o jaguar, A rondarem malocas e taperas... Necessário, porém, agir e trabalhar, Orientando a agrimensura. Tinha sempre dois homens, de vigia, Na defesa do lar,
Junto de atenciosa governanta. Minha esposa saía Algumas vezes para compras justas, Usando o nosso jipe reforçado Para atingir pequeno povoado...
O narrador fez pausa e tomou em seguida, Expressando-se em voz mais comovida: - Certo dia de ação com mais ampla demora, Voltei ao lar, mais tarde...Noite escura... Ausentara-se a esposa e a governanta Atendia, em conversa, um tanto lá por fora, A diversos parentes Que, por certo, lhe vinham à procura... Os vigias andavam pela brenha Buscando para nós Alguns feixes de lenha...
Acompanhado de um amigo, Ansioso, ouvi a voz De meu filhinho em algazarra... Naquele choro de pavor, Pressentia perigo Francamente, a gelar-me... Em vão, tentei fazer qualquer alarme; O companheiro me seguia, Enquanto, em minha inquietação, Só escutava a gritaria Do filhinho a cortar-me o coração...
Varei a porta aberta Da habitação que vi claramente deserta... Foi, então, que a tremer, desorientado, Vi o cão a correr para junto de nós; Leal se nos mostrava, ensangüentado... Mancando, ele gania, Não sei se de loucura ou agonia...
O companheiro disse a mim: - O cão está zangado, dê-lhe o fim, É preciso afastá-lo, sem tardança, Deve ter atacado a indefesa criança.
Tomado de terror, atirei sobre o cão, E, ganhando os recessos do aposento, Vi meu filhinho salvo, aconchegado ao leito, Sem qualquer sofrimento, Mas um jaguar jazia, ali no chão, Certamente abatido por Leal. O cão, com segurança e eficiência, Liquidara, afinal, A fera perigosa Que penetrara em nossa residência.
Com meu filho nos braços Retornei a presença de meu cão; Ansiava mostrar-lhe a nossa gratidão, Mas Leal enviou-me um derradeiro olhar... Sufocado de dor, nada pude falar. No instante de morrer, no terrível revés, Leal ainda arrastou-se com cuidado Para beijar-me os pés!...
Calou-se o narrador, Sob o peso cruel da própria dor. Depois, disse a chorar: - Neste infinito Espaço em que habitamos, Deve haver um lugar Que acolha os animais, Amigos quase humanos, Em plena evolução, à busca de outros planos... Sempre aceitei os cães por nossos cireneus, Os animais também são criaturas de Deus...
Aquela história viva, Que ouvíamos, ali, de nimo atento, Fez o ponto final de nosso entendimento.
No entanto, o companheiro, Que nos falava de Leal, Fitava o Azul Imenso, a Pátria Universal, E, qual se transmitisse um sublime recado Ao próprio coração, Clamava, consternado: - Deus não me negará resposta à constante oração... Hei de achar o meu cão!...
Hei de achar o meu cão!...
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De: Marybru |
Enviado: 26/07/2009 13:21 |
Feliz dia das avós
A você Vovó que nos cerca de muito carinho, de muito amor. Que nos faz todas as vontades. Que nos dá tudo sem nada pedir. Que nos ama mais que a si próprio. A você, minha querida vovó, que Deus a abençoe cada dia mais. Que nos dê a bênção de sempre tê-la conosco, nos dando muito amor, nos passando experiências, nos ouvindo com carinho, nos "dengando", nos orientando, nos aconselhando, nos suportando sempre com muita paciência.
Você é para nós, seus netos, um grande exemplo de experiência, de trabalho, de honestidade, de paciência, de fé, de firmeza, e principalmente de muito amor. Amamos você Vovó....
A.D
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Repassando
APELO DE UM CãO
Trate-me gentilmente, meu querido amigo, pois nenhum coração em todo o mundo é mais agradecido pela amabilidade do que o meu coração amoroso.
Não machuque minha alma com pancadas, apesar disso, lambo suas mãos entre os golpes. ¨
Sua paciencia e compreensão irão o mais rapidamente ensinar-me coisas que eu devo aprender.
Fale comigo constantemente, porque sua voz é para mim a mais doce música do mundo, como voce deve saber pelo abanar da minha cauda quando os meus ouvidos escutam os seus tão esperados passos.
Por favor, coloque-me para dentro quando estiver chovendo e com frio, pois sou um animal doméstico e não estou acostumado as intempéries.
Eu não tenho honra maior do que o privilégio de sentar-me aos seus pés.
Mantenha meu potinho cheio de água fresca, pois não posso dizer para voce quando estou com sede.
Alimente-me com comida limpa para que eu possa estar bem e saudável para brincar, acompanhá-lo nas suas caminhadas e estar alerta e capaz de defende-lo com a minha própria vida, se a sua estiver em perigo.
E, meu amigo, quando eu estiver muito velho, e não gozar mais de boa saúde, nem boa audição e visão, não faça esforços heróicos para manter-me aqui. Por favor, perceba que minha vida dedicada está indo suavemente.
Eu devo partir desta terra sabendo que a última respiração que eu arranquei deste meu ser esteve sempre a salvo em suas mãos.
( Traduzido do ingles por Lenita Ouro Preto - de autor desconhecido )
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