DESEDUCAçãO DO HOMEM
Jota Há
Deste processo, deseducação do homem, depende a minha idade.
Se ele for um processo demorado, eu devo me considerar velho, muito velho, agora se assim não for eu não serei tão velho assim. Mas o que tenho a dizer sobre o assunto é que, eu venho acompanhando desde há muito, quando os homens, em seus relacionamentos, principalmente com o sexo aposto eram completamente diferentes.
Para quem viveu como eu, aquele tempo do qual estou me referindo, assistindo hoje
o comportamento da espécie eu tenho a impressão que aquela classe, raça anterior, foi
completamente extinta e que essa é uma nova que veio para substituir aquela.
O homem, o macho da espécie, sempre se preocupou em proteger a fêmea.
Quando eu digo proteger estou me referindo em todos os sentidos, ou seja: físico, financeiro e moral, eram e, eu sempre achei que nunca iriam deixar de ser as mais nobres obrigações do homem.
Alguns exemplos do comportamento anterior e o atual que eu venho observando:
Óbvio que o número de automóveis era bem menor que o de hoje, mas nem assim se justifica o péssimo comportamento dos homens com relações às mulheres, era obrigação sim, fazia parte da educação do homem, abrir e fechar a porta do carro para a mulher. Quando ela fosse sair do carro, além de abrir a porta oferecer-lhe a mão para que ela se amparasse se necessário. Vamos agora para o transporte coletivo, ônibus:
Nunca o homem entrava na frente, ajudava a mulher com os degraus, mas ela sempre na frente. Para a mulher sempre havia lugar para sentar-se, qualquer homem que estivesse sentado, levantava-se por educação cedendo o lugar para o casal. O homem nunca deixava a mulher se sentar do lado do corredor do ônibus, sempre na parte de dentro. Ele a protegia com seu corpo. Hoje não, o que se vê é a mulher sentada no corredor com seu corpo sujeito a esfregação de outros marmanjos e ele me parece que acha isso até bonito. Ao descer do coletivo, até chegar à porta a mulher ia sempre à frente, quando então o homem a ultrapassava estendia um braço para ampará-la na descida.
Caminhando na rua, o casal na calçada, o homem sempre mantinha a mulher protegida, ela nunca caminhava ao lado da sarjeta, ele nunca permitia e, ai dele se assim não procedesse, alguém imediatamente iria perguntar para ele se a mulher estava à venda.
Ao entrarem em um restaurante ou outro estabelecimento qualquer, a mulher sempre entrava na frente, escolhia a mesa, porém o homem nunca se sentava de costas para entrada, a mulher ficava de costas e ele sempre vigiando. Hoje, ora hoje, ele que se
acha tão evoluído, senta-se de costas e a mulher namora à vontade por cima dos ombros dele. Pagar a conta, claro que era obrigação do homem, a mulher nem tomava conhecimento desses detalhes. Caso por uma desgraça qualquer a mulher tivesse que ajudar a pagar, o dinheiro era passado por baixo da mesa para que ninguém visse ou então o homem morreria de vergonha. Qualquer homem que fosse flagrado aceitando dinheiro de mulher era logo classificado como gigolô.
Nos tempos que correm ficou tão comum isso, mulher pagando conta, dando dinheiro para o homem, aliás está na lei, homem movendo processo na justiça para que a mulher lhe pague pensão alimentícia.
As mulheres coitadas, eu chego a ter pena, elas brigaram tanto para conseguir esses direitos que elas chamam de igualdade. Elas eram felizes e não sabiam.
Na atual circunstância e por já haverem descoberto que esse é mais um caminho sem retorno, elas tentam justificar dizendo que deixaram de ser as Amélias e que, agora que são as mulheres de verdade.
Será que elas, com calma, já calcularam o preço que estão pagando por isso e já chegaram a triste conclusão que a tendência é que as coisas se tornem pior do que já estão?
Propus-me a escrever sobre o assunto este pequeno texto, mas ele poderia ser estendido, há tantas coisas para serem ditas, comportamento pessoal por exemplo: as pessoas se espreguiçam em publico como se estivessem em suas camas, bocejam com a maior naturalidade, aquele bocão, tossem e espirram sem nem sequer a proteção da mão, mas... É melhor que eu pare por aqui.
Alguém poderá pensar que eu considero as mulheres ingênuas e os homens eternos gigolôs.
Não é nada disso!... Não é nada disso!...
O que eu não aceito e nem quero que alguém tente me convencer é que:
Pobreza virou sinônimo de má educação.