CATERINA (Carlos Alencar e Paulo Peres)
Um jeito tão menina, Vaidosa, traquina, Seu senso é poesia: Mistério-folia
Despe o ventre na noite Da sobrevivência, Seu estandarte é o açoite No Palco carência
Tem no cantar o soluço Do grito da rua, Não aposenta seu sonho No manto da lua
Moldura à utopia, Negando agonia, Cada alcova é seu lar, Dama da noite
Qual deusa do povo, Mulher do porto, Do sorriso alegre-morto, Dama do cabaré
Escrito: Brasil (Engenho Novo, RJ), 08/07/1973 Tela: Malu Alvarez. Fonte: Livro Poemas & Canções
|