Volto a “Meu nome é Mulher”
e transcrevo o poema inteiro:
No princípio eu era Eva
Nascida para a felicidade de Adão
E meu paraíso tornou-se trevas
Porque ousei libertação! Mais tarde fui Maria
Meu pecado remiria
Dando à luz Aquele
Que traria a salvação!
Mas isso não bastaria
Para eu encontrar perdão! Passei a ser Amélia
“A mulher de verdade”
Para a sociedade! Não tinha a menor vaidade
Mas sonhava com igualdade! Muito tempo depois decidi:
“Não dá mais!
Quero minha dignidade,
Tenho meus ideais!”
Mas o preconceito atroz
Meus 129 nomes queimou Então o mundo acordou
Diante da chama lilás! Hoje não sou só esposa ou filha;
Sou pai, mãe, arrimo de família;
Sou ourives, taxista, piloto de avião,
Policial feminina, operária em construção!
Ao mundo peço licença
Para atuar onde quiser!
Meu sobrenome é Competência
O meu nome é Mulher!”.
Pérola Neggra
A poetisa, portanto, é (Pérola Neggra, com G dobrado)
Fátima Aparecida Santos de Sousa,
policial militar em Mauá, SP, e registra seus textos na Biblioteca Nacional.
Portanto, que se interrompa a “corrente” que dá o poema como de autora desconhecida.
O e-mail da autora é fatimaperolaneggra@hotmail.com
e seu telefone, (011) 9409-0630.
By http://mimifonds.multiply.com/
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