O próprio título, trata da disposição de quem se acha descontente e, que não se importa com coisa alguma.
Fica patente que nós os brasileiros assim nos sentimos com respeito à nossa língua.
Falamos oficialmente no Brasil – o português – português que gradativamente vem se afastando da sua origem. Somos forçados hoje a afirmar que falamos o português do Brasil.
Não cultivamos nada das 1.200 línguas faladas no Brasil na época do descobrimento. São raríssimas as exceções.
Segundo os especialistas, restam hoje, só umas duzentas daquelas línguas, sendo que, mesmo assim, grande parte em extinção. Exemplo à língua Apiaká, falada apenas por duas pessoas no interior do Mato Grosso.
Por incapacidade de cultivar, mesmo a língua portuguesa que nos foi imposta, no nosso meio, deu no que deu. E de estrangeirismo em estrangeirismo, criamos esta mistura que cada vez mais se torna indefinida.
Lendo um dos jornais de maior circulação do Estado de São Paulo, mais precisamente a Folha de São Paulo dos dias, 4, 11 e 16 de dezembro de 1994, despertou-me a curiosidade. E, me propus a fazer um levantamento.
Confesso tratar-se de trabalho incompleto, pois assim que iniciei, constatei quão fastidioso é ficar catando palavra por palavra em um periódico.
Evitei os nomes próprios, copiei apenas alguns dos estrangeirismos já consagrados em nosso meio. Por imperícia não devo ter transcrito todos os termos estrangeiros, mas relacionarei em ordem alfabética os que consegui captar. Aparecem em demasia e, com as repetições, daqui a alguns anos, por imposição, estarão chamando-os de estrangeirismo consagrados: Airbag; Apartheid; Brake Light; British Film; Body; Piercing; Browser; Background; Blitz; Black Power; Black; Buquineiro; Brunswick; Bowling; Beaujolais; Nouveau; Black movieis; Corner; Country Club; Crack; Covers; Cruise Control; Cooper; Cocktail; Con-Flakes; Cream-Craker; Commodittes; Capcom’s Fighter Power Stick; Condom Country; Continuum; Chteau; Check-in; Degree Feed Back; Design; Debenture; Doom; Doom; Donkey Kong Country; Doping; Dumping; Delight; Discman; Dragon Ball; English Club; Export notes; Flat; Fast Food; Free-lance; Free Press; Funding; Femme Fatale; Free Trade Area Of the America; Funk; Fast track; Fresh; Frisson; France Football; Game-Show; Gender and Discourse; Gays; Gourmet; Green Card; Guinness Book; Holding; Hollywood Rock in Concert; Hara-kiri; Hippie; Hobby; Heira nosos; Holiday Inn; Honey moon; Hatchback; Happy end; High Society; Impeachment; Internet; Jingle Bells; Kit; Kiwi; Kamikazes; Kitsch; Karaoke; La Times; Light; La Tête Met physique; La Tête épique; Lobbies; Marketing; Mystery Punle; Malleus Maleficarum; No Return; Night Club; Nouveau Riche; Night bikers; One Day Hospital; Ombudsman; Overnight; Play - Off; Play-Grounds; Playtronyc; Playboy; Peep Show; Phantastike; Punks; Petits; Picolla; Points; Pool; Power Rangers; Pfister; Quaint and curious volume of fortotten lore; Ranking; Replay; Regga e Susplash; Riddles of the sphinx; Road Movie; Réveillon; Remak; Red e Black Label; Rorshach; Sex-appeal; Staff; Sex Symbol; Shopping; Stock Car; Status; Sport-utilities; Sportage; Show; Status quo; Securities; Superávit; Seppuku; Stock-Cars; Stunt Race; Softwares; Swapo; Spa Finder; Start; Staff; Speed Racer; Skybound; Star quality; Seaside Health and Fitness; Teen; Tops; Trainee; Ticket; Take it Easy; The Waves; Talk Dirty to Me; The Practice of Love; Trad’s; Timing; Trekkers; Top; Tai Chi Chuan; Track & Field Evian Run Series; Upgrading; Workshop; Weekend; Waspe; White Anglo-Saxon; Protestant; Virtua Racing de Luxe; Vamps & Tramps; You Just Don’t Understand; Womem and Men in Conversation.