Washington, 20 out (EFE).- Os Estados Unidos
têm 47,4 milhões de pessoas em situação de pobreza, sete milhões a mais
do que o valor anunciado em setembro pelo Escritório do Censo
americano, que revisou algumas das variáveis de suas estatísticas.
Em
setembro, o Censo publicou um relatório no qual indicava que, em 2008,
cerca de 39,8 milhões de pessoas viviam em situação de pobreza nos EUA,
13,2% do total da população, contra uma taxa de 12,5% registrada no ano
anterior.
O escritório apontou que este aumento da pobreza,
devido aos estragos causados pela crise econômica e pela recessão, foi
o maior registrado desde 1997.
No entanto, após a revisão, os novos dados demonstram que o nível de pobreza é ainda pior do que se pensava.
A
discordncia de números se produziu pela diferença entre as fórmulas
para o cálculo da taxa de pobreza do Escritório do Censo e da Academia
Nacional de Ciências (NAS, na sigla em inglês), que fixou a taxa em
15,8% da população, ou quase um em cada seis americanos.
O
relatório não tinha levado em conta algumas variáveis como o aumento do
custo do atendimento médico, do transporte ou das diferenças
geográficas, para calcular o custo de vida.
As taxas de pobreza
ficaram em 29% para os hispnicos, 17% para os asiáticos e 11% para os
brancos não hispnicos, enquanto que para os afro-americanos o nível se
manteve em 24,7%.
Geograficamente, a pobreza aumentou nas
regiões nordeste e oeste do país, onde estão cidades como Nova York e
Boston, na costa leste, ou Los Angeles e San Francisco, na oeste, com
os custos de vida mais altos dos EUA. EFE elv/pd