REFLETINDO SOBRE A VIDA

Ontem foi meu aniversário, e como faço todos os

anos reservei alguns momentos para refletir, fazer

um balanço do ano que passou do quanto acertei e

do quanto errei, relembrar momentos e amigos,

das pessoas queridas que ainda caminham a meu

lado, e das que partiram e me esperam em

outro plano.

O balanço foi bem favorável, pois notei que

meu círculo de amigos reais e virtuais

aumentou e se consolidou.

Agradeci a Deus pela vida, e pelas flores

maravilhosas que Ele colocou em meu jardim:

- minhas três filhas, minha netinha já

adolescente, que derrete meu coração quando

chama-me: ”Vovozinha Querida”,

meus dois netinhos, lindos e muito amados.

Amo meus genros, que me chamam de “Gata”,

são meus filhos adotivos, isso não é comum,

concordam?Mas Deus foi muito bom comigo,

pois até meu ex-genro continua a ser meu

bom amigo.

Quanto é bom ser amada, mas melhor

ainda é amar e saber receber amor.

Pensei muito sobre isso e notei que a

felicidade se encontra justamente na condição

que temos de receber e dar amor.

Tenho entre muitos amigos dois que são mais

especiais, pelo longo tempo que

caminhamos juntos.

Um é um amigo da minha vida real, nos

conhecemos há 12 anos.

É um homem bonito, inteligente,

artista plástico e comerciante.

Teve poucas oportunidades de estudo, mas é

de uma sabedoria incrível, me ama e não tem

vergonha de falar isso para todos em alto

e bom tom, conhece e aceita o meu amor.

Ontem chegou à minha casa com uma linda

flor nas mãos e um sorriso aberto no rosto.

Junto com minha família comemorou com

alegria meu aniversário.

É um homem feliz, amado por todos e ama

a todos, e aceita com simplicidade esse amor,

e essa é a sua riqueza.

O outro amigo é virtual. Já nos conhecemos

a bons anos e nos falamos sempre.

É um homem bonito, inteligente, com muitos

diplomas pendurados na parede.

Advogado, filósofo, escritor.... mas infeliz.

Renega o amor, renega doá-lo e recebê-lo.

É incapaz de reconhecer que me ama e

que é por mim amado.

Não conhece o amor, não sabe do que

ele é capaz de fazer na nossa vida.

Sabe bem a data de meu aniversário, mas

não é capaz de um “Parabéns”, pois isso

seria reconhecer publicamente que pensa

em mim e que eu tenho importância

em sua vida.

Coitado! Essa é sua pobreza!

Ser rico ou ser pobre não é ter bens materiais,

nem estudos, diplomas, conhecimentos:

é ser gente, é amar e ser amado, e isso não

custam nada, não tem dinheiro que os compre.

E na minha reflexão, nos meus agradecimentos

a Deus fiz um pedido:

“Deus ilumine sempre meu coração, nunca

permita que ele se feche para o amor.”

Amém.

Mariângela Rocha/Mayra

20/12/2009