A DOR DA DOR...
Fico pensando, qual dor doí mais A do coração que sofre traído A da mentira que se perde no cais Ou de um simples amor esquecido?
O pensamento viaja, trilha sagas e termos, Dores suposições, grave o pensamento. A dor que dói mais, certamente é o esquecimento, Que trás duras mentiras com nome de falta de tempo.
Seria a da saudade que não acalma Ou a da solidão a deixar seu vazio A dor do desprezo que fere a alma Ou indiferença nas noites de frio?
A saudade certamente, ao rever a pessoa amada, Que ao “relatarem” “a solidão”, aparece assim, feito mágica Quanto ao desprezo, todo poeta transfere, é noz-moscada... E as entre linhas revelam: estou aqui, não mudou nada.
Suponho que a dor que mais aflige e dói Que muito castiga sem pena nem dó É a dor da ingratidão que bem destrói
A dor da ingratidão insere no esquecimento. Também dói de igual forma, Palavra e ações lançadas ao vento.
Todo o encanto, deixando um rastro triste E com vontade de desaparecer, ficar só Seria esta, a pior dor que no mundo existe?
Todo feito e pensamento, da solidão se apropriam, Quem chora por estar só, também deixou só um dia. Seria esta, a pior dor, a da ignomínia?
GANDALF - 18/04/2010 Lígia Marques 20-04-2010
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