Caneta Tinteiro
A tinta mancha o papel,
fingindo ser escrita,
mas não passa de
um borrão!
A mão que me segura,
já secou muitas lágrimas
vindas do coração,
quem me dera ter
um pouquinho de dom
para escrever uma poesia!
Sozinha não sou nada,
sem a velha mão cansada,
se fosse, então feliz seria!
Mal e mal escrevo cartas
de amor ultrapassado
de um casal de velhinhos
pela morte separados.
Ela ainda me pega as poucas
pela tinta que carrego,
ele já há muito descansa
em paz, é nas mãos
dela que me entrego!
Me pega muito trêmula
sempre que está a chorar
molha-me a escrita, que pena!
-mais uma carta a estragar.
Chama-o carinhosamente:
"meu querido amor menino,"
fico feliz quando escreve,
porém, são cartas sem destino!
Autor: Desconhecido