A raposa matreira e o gato sapato
Um dia o gato Sapato Decidiu sem mais pensar Ir pesquisar pelo mato E muita caça apanhar
Então correu a floresta E virou de lés a lés Cada tojo e giesta Sem cansar nem mãos nem pés
As patas, melhor dizendo E com voz melodiosa O mato a eito foi batendo Aprimorando a sua prosa
Logo encontrou a raposa Esfomeada pela escassez Que rápida e astuciosa Lhe deitou a pata de vez
- Eu sou a raposa Inês Ó senhor gato gatão E seja ou não siamês Já não me foge, isso não
Ai, pobre gato sapato Ninguém lhe queira outro mal Quem se mete em desacato Estraga tudo no quintal
Nita Ferreira

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