Rasgo tuas vestes por etapas Corpo perfeito, que delícia! Teu desejo obsceno não me escapa Esponho tua pele à carícia!
Olhar-te nos olhinhos virados Ver-te gemer e te contorceres Aos meus vis instintos tarados Escorchar tua intimidade: prazeres!
Desvendado, então, teu belo corpo Pouco me resta a não ser deleitar De tudo o que me já está exposto Vale o instinto selvagem a labutar
Faço despedaçares do íngreme penhasco Ao teu "quero mais" num pedido dengoso Bondade nada! Chamas-me de carrrasco Ao amar-te da forma ao teu maior gozo.
Sem pudor, sem escrúpulos nem nada Apanho-te pelas crina e te faço Minha montaria sem cansaço, danada! Tu galopas sem cessar noite adentro
Uma , duas, dezenas, perdes a conta De todos os extses por ti sentidos E pedes, por fim, mais outra monta Vamos de novo a gozos desmendidos
E machucada, esfolada mas saciada Sentes felicidade, adentra a alma Todo o amor feito à luz da madrugada Embora o corpo ferva, o desejo acalma
Como uma fera solta na natureza Sem comando de qualquer domador Escondes esta tua fraqueza: Amar sem rédeas e sem pudor.
GANDALF® - 26/06/2011
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