Ah! Tempo!
Nunca quis voltar em ti.
Apenas espero que me devolvas
os sentimentos que vivi.
Não deixes que meu sorriso
se perca pelo cansaço
e que minha voz
se cale por um fracasso.
Não deixes que meus caminhos
se desviem da meta
nem que os percalços
sejam maiores que minha força
para que eu siga esta reta.
Que haja barreira intransponível
a represar a minha vontade
e fonte que jorre incessante
para escoar a negatividade.
Que batam fortes as minhas teclas
pelo amor, pela justiça e pela verdade.
Ah! Tempo!
Que eu não seja teu instrumento
mas que tu sejas o meu.
Que eu nunca me perca no teu compasso,
não atropele o teu ritmo
e não confunda as tuas notas
Que a melodia de vida
se encha de harmonia,
a cada morrer da noite,
a cada nascer do dia.
SP, 25/08/2006
13:00 horas