Vem, meu amor.
Estamos numa terra de paz.
Aqui somos irmãos
na tristeza.
Esquecidos de tudo,
esquecidos da morte,
acendemos no tempo
o lume original.
Meu doce amor, a chama
branca, muito branca,
que se ateia, enleia
o que resta do mundo.
Somos livres. A vida
recupera as origens.
Que bom é estarmos sós
nas muralhas da luz!
Que bom é confundir
as mãos com as urtigas
e dizer: Oh Senhor,
obrigado por tudo!