BELEZA DA VIDA
Tenho sido duro, falado de coisas rudes. Hoje não é dia de falarmos de severidade nem de nomes militares. Hoje vou abrir a alma e, se possível, agasalhá-los comigo. Se não conseguir, saibam que é esta a minha intenção. Estou em outro plano, não é dos mais altos, mas me deixa feliz. Quero falar-lhes a respeito do local em que vocês encarnados ainda estão. Daqui onde estou, minha visão é mais nítida e percebo com mais clareza os propósitos da estadia neste belo mundo em que habitam. Vejo como é lindo o pôr e o nascer do Sol, suas cores, sua paz, sua magnitude. Vejo a natureza linda, em vários tons de verdes, grandes e pequenas árvores e mais, frutos doces e prazerosos. Há os animais correndo para lá e para cá. Já perceberam um animal com semblante infeliz? São fortes, ágeis, brincalhões, respeitadores, tanto de seus semelhantes como de seus predadores. Os pássaros... Quantas cores, quanta leveza... Em seu canto, cada um emite uma nota. Ao ouvi-los tem-se inspiração para compor músicas suaves, ternas, tristes, melancólicas, mas que serenam os espíritos irrequietos e nervosos. Os mares, os rios, os lagos! Já perceberam a distribuição correta das mais lindas paisagens e a variação do verde ao azul, com filetes brancos para os arremates? Irmãos, quantas vezes pararam para apreciarem o que têm, o que lhes foi dado para que sentissem, observassem. E até inteligência para melhorarem onde acharem que tenha havido alguma falha... Parem de pensar, de ver, de vomitarem só coisas ruins. Olhem para dentro de si e orgulhem-se da sua consistência, da perfeição do seu corpo, do seu organismo, do seu cérebro, da memória que é o arquivo da alma. Pois mesmo depois que tudo se for, sua memória sobreviverá para a eternidade. Pare de se lamentar e agradeça ao Pai esta oportunidade de usufruir este belo mundo. Faça de sua existência algo memorável. Abra os olhos. Aprenda a aceitar o que lhe foi dado por merecimento.
(Um irmão de luz)
(verena)
RUNARE
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