Sou a metamorfose da lua
A noite escura de um pranto
O desencanto da rua
As estrofes de um canto
Tenho o peito aberto sufocado
O cheiro de uma noite embriagada
A verdadeira forma adulterada
Da alma vagueando pela estrada
Vejo o impossível a olho nú
Contido num momento tão distante
Da vida improvisada sobre a terra
Que pulsa em minhas veias alucinante
Coisas de um peito sangrado
Devasso de um amor tão descarado
Morto-vivo, massacrado
A ferro e fogo marcado
Ane Franco