Auto-Cura
Livro: Paz Íntima
Eros & Divaldo P. Franco
O Mestre prudente explicou, e os
discípulos compreenderam a
extensão das suas palavras
oportunas:
As doenças se originam nas fontes
dos desejos perturbadores. A ilusão,
golpeando os centros de energia da
vida, através dos seus raios
devastadores, abre campo à
instalação de males incontáveis.
Seguindo-lhe as linhas tortuosas,
irrompem o egoísmo, a violência, as
fugas espetaculares aos deveres
relevantes e se multiplicam a
avareza, o orgulho, o ciúme, a
glutonaria, a concupiscência...
Sois vossos médicos e vossos
enfermeiros.
Sois vossos causadores de
enfermidades e vossos algozes.
Vossas mentes - vossas vidas,
causas e efeitos imediatos.
Construís e derrubais os
mecanismos de sustentação do
vosso equilíbrio.
Enquanto vos não voltardes para
dentro, fomentando a saúde, a
doença se vos instalará, dominadora,
atormentando-vos."
A breve dissertação penetrou nos
corações como um punhal rasgando
as carnes das responsabilidades
gerais. E, ante a quietude da
expectativa que os tomou, Ele
prosseguiu com o poema da saúde.
Curai vossas mazelas com a
correção da conduta, abrindo-vos ao
amor que vos inspira, que vos veste,
de que sois constituídos.
O dínamo do amor gera energia vital
incessante, à qual vos cumpre
recorrer.
Acalmai as ansiedades; silenciai as
altercações mentais; asserenai os
desejos voluptuosos; meditai em
torno da vida e sua finalidade, do
equilíbrio e seu valor.
Deixai-vos irrigar pela corrente do
Eterno Amor, que é saúde, e dizei:
eu quero, eu posso, eu sou.
Não sois doentes, estais em
desarmonia, e por isto se vos
instalaram os problemas, se vos
multiplicaram os inimigos orgnicos,
debilitou-se-vos a estrutura
molecular.
Por isto, curai-vos a vós mesmos,
conscientemente e com segurança
de fé.
O que quiserdes fazer, lograreis.
Tentai e repeti a experiência até o
êxito.
Vos sois luz!"
Calando-se, afastou-se da multidão,
enquanto sucessivas ondas de
vento, carreando o suave-doce
perfume de lavanda,
embalsamavam
o ar.
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