Madre, madre, tu me besas, pero yo te beso mas. Como el agua en los cristales, caen mis besos en tu faz... Te he besado tanto, tanto que de mí cubierta estás y el enjambre de mis besos no te deja ni mirar... Si la abeja se entra al lirio, no se siente su aletear: Cuando tú, a tu hijito escondes no se le oye el respirar... Yo te miro, yo te miro sin cansarme de mirar, y que lindo niño veo a tus ojos asomar... el estanque copia todo lo que tu mirando estás; Pero tú en los ojos copias a tu niño y nada más. Los ojitos que me diste yo los tengo que gastar en seguirte por los valles, por el cielo y por el mar...
O Poço Cais, às vezes, afundas em teu fosso de silêncio, em teu abismo de orgulhosa cólera, e mal consegues voltar, trazendo restos do que achaste pelas profunduras da tua existência. Meu amor, o que encontras em teu poço fechado? Algas, pntanos, rochas? O que vês, de olhos cegos, rancorosa e ferida? Não acharás, amor, no poço em que cais o que na altura guardo para ti: um ramo de jasmins todo orvalhado, um beijo mais profundo que esse abismo. Não me temas, não caias de novo em teu rancor. Sacode a minha palavra que te veio ferir e deixa que ela voe pela janela aberta. Ela voltará a ferir-me sem que tu a dirijas, porque foi carregada com um instante duro e esse instante será desarmado em meu peito. Radiosa me sorri se minha boca fere. Não sou um pastor doce como em contos de fadas, mas um lenhador que comparte contigo terras, vento e espinhos das montanhas. Dá-me amor, me sorri e me ajuda a ser bom. Não te firas em mim, seria inútil, não me firas a mim porque te feres. ( Pablo Neruda )