PESQUISA LIDERADA POR
BRASILEIRO REATIVOU
PARTES DO CÉREBRO
DE PACIENTES QUE NãO
MEXIAM AS PERNAS.
Pacientes paraplégicos com antigas lesões
na medula
espinhal apresentaram melhoras sem
precedentes na mobilidade e nas sensações
com um treinamento de realidade virtual
e o uso da robótica controlada pelo cérebro
informou ontem uma equipe de cientistas
liderada pelo brasileiro Miguel Nicolelis.
Alguns pacientes conseguiram até mesmo
reiniciar sua vida sexual ( homens voltaram
a ter ereção), segundo detalhes publicados
na revista "Scientific Reports",
Seis homens e duas mulheres que perderam
completamente o uso dos membros inferiores
registraram progressos significativos. Em quatro
casos, avançaram "paralisia",parcial inédito
com técnicas não invasivas.
Uma mulher de 32 anos paraplégica há mais
de uma década voltou a andar, treze meses
após início dos testes, com
ajuda de um arnês (cadeia formada com cordas).
"Nós não poderíamos ter previsto este resultado
clínico surpreendente quando o projeto começou",
disse o paulista Miguel Nicolelis, neurocientista
da Universidade de Duke, na Carolina do Norte
(EUA).
A terapia combinou técnicas para estimular
partes do cérebro que ficaram inativas (antes
da paralisia, elas controlavam os membros
dos pacientes). Nicolelis diz o processo deve
estimular alterações não só no cérebro
mas também na medula espinal danificada.