FILHO DE NINGUÉM
Solidão no esmolar...
Ausência de mãos a te afagar...
Fome do seio materno...
Pessoas te oferecendo um olhar de inverno.
Chão de pedra suja e dura...
Nem sonhas com o futuro...
Não o tens, não há esperança...
Não há quem se importe com a criança.
Para muitos já és um homem,
Já roubas, já matas, já te vicias...
Desamparado, crias medo de lobisomem,
O lado de menino ainda fantasias.
A sociedade te rejeita,
A ela tu não te convéns...
Estende teu trapo, teu abandono deita,
És invisível,
És filho de ninguém.
MARIZE RIBEIRO.
*
SEJA AMIGO DA VIDA
DOE SANGUE DOE ORGãOS.
*
*
|