DAMA DE AZUL
Cleide Canton
Era-lhe a cor acertada
nas longas noites de lua.
Mesmo sendo aprisionada,
via-se livre, solta, nua.
Nada cheirava a maldade
nos rumos da sua trilha.
Não conhecia saudade
e da pureza era filha.
Na dança, sempre descalça,
no canto, sem partitura.
No fandango ou numa valsa
era leveza e candura.
No amanhecer, um sorriso.
Nas tardes, sonho discreto.
Dia todo, um paraíso
em horizonte seleto.
Passa a vida num instante.
Num relance o azul descora.
E o traje da viajante
vê-se tingido de amora.
Corre-lhe, na veia, o pranto,
na artéria, um brado silente.
No riso, não mais encanto.
Da vida, morte aparente...
Ouve-se o vento tristonho
levando a lugar algum,
toda a beleza do sonho
que foi um... Apenas um!
*
" A poesia da vida,
Faz com que se tenha,
Paixão por Viver.
*
EU SOU DOADORA E VC?
*