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AINDA E SEMPRE Cleide Canton
Expostas as memórias esquecidas no abrir do livro cinza da saudade, revelam-se, sem brilho e sem vaidade, as asas de dourado revestidas.
E batem contra o vento, arremetidas, tentando, desta vez, com mais vontade romper, a qualquer custo, a imensa grade que guarda suas dores mais sentidas.
No azul o tempo diz que tudo vale, embora o entardecer já não embale os mesmos desejares rotineiros.
E a lua, bem depressa dita a festa, na mesma cor dos ecos da seresta que viu nascerem sonhos passageiros.
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