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AMOR Neste momento em que a noite silencia, recuso-me a dormir, posto que a noite é meu encontro com a poesia. Neste momento, calo-me por inteiro, nenhum sinal sequer da minha voz, mas revelo-me mais que verdadeiro solto-me a versejar, falar de nós. Invadem meus pensamentos, nossos melhores momentos, transbordam pelos meus poros, como meteoros. Já não cabem mais em mim. Saem como nômades procurando pouso. Como registrarei as nossas trocas, a nossa alegria, a nossa sintonia? Um verso é pouco, Uma trova é nada. Não me basta qualquer palavra. No romper da madrugada encontro a que me parece mais apropriada: ...AMOR!
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Angela Ramalho |
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