Não há mais nada, está fechada a porta.
Consumiu-se a chama e tombou a vela.
Tanta luz verteu que caiu torta,
Aos vendavais entrados p'la janela.
Não há mais nada, já só os penedos,
Arremessados que esmagam as flores.
E a sensibilidade em seus segredos,
Tanta beleza... e sucumbiu às dores.
Almas brancas, essas são andorinhas,
Fazendo de amor e de palhinhas
O seu ninho em tão ingénuo canto,
E só retornam ao lar na confiança
E na magia de outra nova dança,
De vida, fugindo a espadas e pranto.
Nita Ferreira