Sir Isaac Newton
(Woolsthorpe, 4 de Janeiro de 1643 — Londres, 31 de Março de 1727)
Retratado por Godfrey Kneller (1702)
A massa é uma propriedade da matéria que a torna difícil de acelerar. A Segunda Lei de
Newton estabelece que a aceleração “a” de um objeto é igual à força “f” que atua sobre esse objeto
dividida pela sua massa “m”, o que pode ser assim escrito:
Desta equação pode deduzir-se que quando uma força atua sobre um corpo, quanto mais massa
tenha esse corpo, menor aceleração se produzirá. Devido a que um caminhão possui mais massa
que um automóvel, lhe é mais difícil passar do repouso a uma velocidade máxima tão rápido quanto
o automóvel, mas também demora mais a parar. Além disso, a massa influi na atração gravitacional
(o peso). Quanto mais massa tenha um objeto, mais atraído será pela força gravitacional em qualquer
lugar onde se encontre, ou seja, terá mais peso nesse lugar. Devido a que um caminhão tem
mais massa que um automóvel, é mais difícil levantar um caminhão (movê-lo contra a
gravidade) que levantar um automóvel.
Os cientistas materialistas aceitam a realidade de qualquer coisa que tenha massa, e se
eles a podem ver, sentir resistência quando tratam de movê-la e pesá-la, então estão
dispostos a crer em sua existência.
Suponhamos que se tome um pedaço de gelo. O gelo tem massa e necessita-se de uma
força para acelerá-lo ou levantá-lo. Suponha-se, também, que se coloque o gelo em um prato e
comece-se a esquentá-lo. Aos poucos, derreter-se-á. Se continuarmos a aquecê-lo, vaporizar-se-á e
desaparecerá do prato. De fato, todo o objeto dotado de massa pode passar ao estado de vapor se
calor suficiente for aplicado. Desse modo, pode-se fazê-lo desaparecer. O cientista materialista
aprendeu a expandir sua imaginação e a aceitar o desaparecimento ocasional de parte do que
considera real. Observa que ainda quando a matéria se evapora e desaparece, pode condensar-se
e aparecer de novo. Um dado interessante em todo esse processo é que a massa total do sistema
mantém-se constante, inclusive por meio da parte não visível do processo. Quando se evapora um
quilograma de gelo e logo após ele condensa-se e recristaliza-se, então o bloco de gelo resultante
terá uma massa igual a um quilograma. Devido a que o vapor possui a mesma quantidade de
massa sem perda alguma, se dá credibilidade à idéia de que o vapor, mesmo quando invisível, é
tão real como o sólido do qual foi produzido.
Albert Einstein
(Ulm, 14 de Março de 1879 — Princeton, 18 de Abril de 1955)
Fotografado em 1947 por Oren J. Turner
Com a chegada do século XX, a imaginação dos cientistas materialistas expandiu-se um
pouco mais. Em 1905, Albert Einstein teorizou que a massa e a energia poderiam ser
intercambiadas de acordo com a equação:
onde "E" é a quantidade de energia necessária para produzir uma quantidade de massa "m" e c =
2,998 x 108 m/s (velocidade da luz no vácuo). Alternativamente, "E" é a quantidade de energia que
pode ser produzida a partir de uma massa "m". A equação massa-energia de Einstein foi
verificada experimentalmente tanto em reações nucleares como em reações com partículas
elementares. Observou-se que a massa pode ser criada de uma radiação eletromagnética nos
chamados “eventos de produção de pares”. Se a energia eletromagnética (que não possui
massa) passa suficientemente próximo de um núcleo pesado, podem ser gerados um elétron
e um anti-elétron (os quais, sim, possuem massa). A presença do núcleo é necessária para absorver
algo do momentum (impulso) da reação. Da mesma maneira, podem ser gerados um próton e
um anti-próton, um nêutron e um anti-nêutron e qualquer outra partícula e sua correspondente
anti-partícula. Alguns teorizaram dizendo que, desta forma, foi criada originalmente toda a matéria.
Inversamente, quando uma partícula e uma anti-partícula se encontram, elas desaparecem e somente
permanece a radiação eletromagnética sem nenhuma massa. No processo de aniquilação de
pares, a massa não somente chega a ser invisível como também cessa de existir. É interessante
advertir, todavia, que quando a massa cessa de existir, a soma total de toda a massa e
da energia dividida por c2 permanece constante.
Se um quilograma de massa fosse convertido em energia pura (sem massa) na forma
de radiação eletromagnética e se toda essa radiação fosse armazenada e mantida em
condições apropriadas, seria possível teoricamente produzir um quilograma de massa (existe
um sem número de dificuldades, caso alguém queira fazer isso). O fato de que a radiação
eletromagnética possua a propriedade massa- energia, sem perdas, dá lugar à idéia de que a
radiação eletromagnética, mesmo sem possuir massa e não poder ser deslocada, atraída
ou pesada, seja tão real quanto as partículas que, de fato, possuem massa.
A radiação contém energia. Diz-se que um sistema possui energia se tem a capacidade
de produzir mudanças em si mesmo ou em outras coisas. Sabe-se que as ondas eletromagnéticas
têm energia porque podem produzir correntes elétricas (como fazem as ondas de rádio e
televisão através de antenas), aquecer objetos (como fazem os raios do sol e os fornos micro-ondas),
causar reações químicas (como fazem os raios do Sol em contato com as folhas das plantas ou
com a pele humana). Por essa razão é que a capacidade de fazer coisas tenha sido aceita
como parte da realidade pelos cientistas materialistas.
Quando o vidente investiga esses assuntos, está de acordo com as conclusões dos
cientistas materialistas e inclusive pode aportar algo mais. Enquanto o cientista materialista
pode unicamente inferir a realidade do vapor e as ondas eletromagnéticas, o clarividente
pode ver diretamente o vapor e as ondas eletromagnéticas e, por conseguinte, confirmar
sua realidade. O vapor está classificado, pelo clarividente, como pertencente à Região Química
do Mundo Físico, junto com os sólidos e os líquidos. As ondas eletromagnéticas e outros
campos de força que atuam sobre as partículas da Região Química estão na Região Etérea
do Mundo Físico. Adicionalmente, o clarividente pode ver e trabalhar inclusive com estados
mais refinados da matéria à medida que eleva seu estado de consciência ao que se chama de
Mundo do Desejo e de Mundo do Pensamento. Esses mundos superiores são tão reais para o
clarividente quanto os objetos sólidos são para o cientista materialista. A propósito, diz-se que o
Mundo do Desejo e o Mundo do Pensamento são "mais elevados" que o Mundo Físico porque a
matéria nesses mundos vibra a maior velocidade que a matéria física (da mesma maneira que
os átomos dos gases vibram mais rápido que os átomos dos líquidos e estes, por sua vez,
mais rápido do que os átomos dos sólidos). Espacialmente, o Mundo Físico, o Mundo do Desejo
e o Mundo do Pensamento se interpenetram uns aos outros (como o fazem os
sólidos, os líquidos e os gases no Mundo Físico).
Carl Louis Frederick Grasshoff (Max Heindel)
(1865-1919)
O clarividente Max Heindel (1865-1919) estabelece que a matéria (seja no Mundo Físico
ou em mundos superiores) é espírito cristalizado e que a energia (em todos os mundos)
é o mesmo espírito, todavia não cristalizado. Matéria e energia são reconhecidas pelo
clarividente como parte de uma única realidade, a do espírito.