A conta da vida
Quando André completou 21
anos, sua mãe lhe preparou uma festa.
Ele recebeu os amigos e
festejou a data com alegria.
Quem estava entristecida
era sua mãe.
Apesar de estar
completando a maioridade,
André não aceitava
qualquer disciplina.
Com muito esforço, sua
mãe conseguira que ele aprendesse as primeiras letras.
Depois, não quis mais
estudar e trabalhar muito menos.
Ao deitar-se naquela
noite, o jovem foi arrebatado pelas asas do sono.
Sonhou que era procurado
por um mensageiro espiritual que trazia na mão um documento.
E ante a curiosidade de
André,
lhe disse que aquela era
a conta dos seres sacrificados até aquele momento,
em seu proveito.
Até hoje, falou o
mensageiro,
para te sustentar a
existência morreram aproximadamente 2000 aves,
10 bovinos, 50 suínos, 20
carneiros e 3000 peixes diversos.
Nada menos de 60.000
vidas do reino vegetal foram consumidas pela tua,
incluindo-se as do arroz,
milho, feijão, trigo, das várias raízes e legumes.
Em média, bebeste 3000
litros de leite, gastaste 7.000 ovos e comeste 10.000 frutas.
Tens explorado fartamente
as famílias do ar, das águas, do solo.
O preço dos teus dias nas
hortas e pomares vale por uma devastação.
E nem relacionamos aqui
os sacrifícios maternos, os recursos de teu pai,
os obséquios dos amigos e
as atenções dos Benfeitores que te rodeiam.
Em troca, o Senhor da
vida manda te perguntar o que é que fizeste de util?
Nada deste de retorno à
natureza. Lembra-te de que a própria erva se encontra em serviço divino.
Tudo é mensagem de
serviço,
de trabalho na natureza.
Olha para tua mãe.
Os anos já lhe pesam e
ela prossegue em intensa atividade por ti e por teus irmãos,
encontrando ainda tempo
para se dedicar aos filhos de ninguém.
Observa teu pai que
atravessa os anos em labor digno,
dando-te o exemplo de
disciplina e vontade.
Teus próprios amigos se
encontram empenhados
no estudo e na dedicação
profissional.
Não fiques ocioso.
Produze algo de bom,
marcando a tua passagem pela Terra.
O moço espantado passou a
ver o desfile dos animais
que havia devorado e
acordou assustado.
Amanhecia.
O sol de ouro cantava em
toda parte um hino ao trabalho pacífico.
André pulou da cama, foi
até sua mãe e exclamou:
- Mãe, desejo retornar
aos estudos ainda hoje.
Pense nisso!
Para nos assegurar a
vida, Deus nos faculta o ar, o sol, a chuva, os ventos.
Para nos sustentar o
corpo, recebemos o leite materno e na seqüência,
seres vegetais e animais
são sacrificados todos os dias.
Com tanta preocupação de
Deus pela nossa própria vida,
é de indagarmos o que a
nossa vida tão preciosa está oferecendo ao mundo em troca.
Pensemos nisso!
***
Boa Noite!
Beijos 1000!
♥Eliscamsil♥