Dor de Amor . .
Quando os olhos se afastam,
quando corpos não mais cruzam o espaço
as vidas seguem caminhos opostos,
o coração fica em frangalhos;
respiram-se as ausências do amor terminado...
Quando os elos, antes eternos, se partem,
quando as metades, antes gêmeas, se esvaem...
Restam apenas silêncios e cacos de sonhos;
restam cartas, beijos doados, coisas pequenas,
lembranças em caixas, saudades, dilemas...
Restam vírgulas sem pontos e reticências,
vazio na cama, no corpo, na essência...
Nostalgias infindas, flores em livros e poemas...
Restam restos dos restos, apenas...
Resta na vida do outro fragmentos eternos do um.