Contradança
No fim das contas tudo dá certo.
O último beijo, na verdade, pode ser o primeiro de muitos.
Assim como a última palavra pode ser o inicio de uma nova história.
Tudo passa.
E passa mesmo, não minto quanto a isso.
E que bom que passa!
O Olimpo anda deserto, pois até mesmo os deuses cansaram-se dos dias eternamente iguais.
Queriam as surpresas, as perdas e as conquistas, os finais e os recomeços da vida...
Eles tornaram-se humanos.
O destino tem dessas coisas...
Ele nos dá e nos retira e, às vezes, retira para nos dar outra coisa.
Talvez uma coisa melhor, quem sabe uma coisa mais útil ou uma coisa que seja qualquer coisa.
O destino, às vezes, nos prega até mesmo peças e gargalha de nossas caras quando o obvio torna-se o improvável e tudo se torna uma grande surpresa para nós.
Esse é o destino, e ele vive dançando pelas vidas a fora convidando a todos para uma contradança.
Onde estão seus sonhos?
Onde estão seus sorrisos e o amor que faz brilhar seus olhos?
Vista-os.
Quando o destino nos convida para uma dança, o mínimo que temos que fazer é nos vestirmos a rigor.
Dê as mãos ao destino e dance.
Dance como se nunca tivesse dançado, ou como se tivesse dançado tanto que sua alma pareça banhar-se de música.
Dance.
Um passo pra lá, outro pra cá.
E o resto?
O destino saberá conduzir.