Se pudéssemos definir como agem as forças do mal, muitos diriam que elas roubam pessoas, objetos ou possibilidades de escolha, mas eu discordo: para mim, perder tudo isso, por mais difícil que seja, faz parte da vida.
Estou convencido de que uma verdadeira força do mal é aquela que, sem tirar absolutamente nenhuma pessoa, objeto ou possibilidade de escolha, arranca de nós algo muito maior: nossos valores, critérios a partir dos quais escolhemos o que amar e a que nos dedicar.
O inferno, desse modo, não seria uma sala sem televisão ou computador, mas uma sala repleta de canais e sites acessados por alguém que não sabe do que gosta ou do que tem interesse.
Como sempre digo: o problema não está na falta de ruas para chegar a algum lugar, mas na multidão de ruas que levam a lugar nenhum.
E digo mais: infelicidade não é a falta do que se ama; é a falta de saber o que amar.