Confissão Wilson de Oliveira Carvalho
Não! Não me julguem por ter sido desprezado. Não digam que meus olhos vertem dor em lugar de lágrimas.
Não digam que em minha face vive estampado a saudade de minha amada.
Não contestem meu isolamento, nem por estar adormecido nos braços do quebrantamento.
Não observem este meu estado de confinidade, por ter me entregue ao amor simulado de alguém
Não tentem divisar o que se encontra latente, este meu palpitar, como se fora um pedaço de pano roto agitado ao vento.
Não imaginem que sucumbi no dilúvio de uma paixão, que fui vencido e que não mais renascerei.
Não considerem o meu agora, esta indolência, como sem defesa só porque demonstro que amei, que tudo passou, saibam, eu ainda amo!
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