Os caminhos de Deus © Letícia Thompson
Nossos caminhos nem sempre são aqueles que nosso coração projeta. Nem para nós, nem nossos filhos ou para a pessoa que nosso coração elegeu.
É evidente que Deus quer a nossa felicidade e que nos deixou o livre arbítrio para fazermos nossas escolhas. E olha o resultado: vamos à direita quando deveríamos ir à esquerda, nos precipitamos quando deveríamos esperar, esperamos demais quando deveríamos tomar uma atitude e tornamos nosso coração insatisfeito.
Se o coração chora, não é porque Deus provocou lágrimas, mas porque, tendo a escolha, ficamos do lado errado.
Seria um mundo perfeito se projetássemos todos os nossos sonhos e que eles se construíssem pontinho por pontinho, até o fim. É isso que tentamos fazer diariamente quando dizemos a Deus para fazer exatamente aquilo que queremos que seja feito, porque bem sabemos, apesar de mal interpretarmos, que Deus deseja nossa felicidade e somente nossa felicidade.
Queremos aquele trabalho específico, um casamento perfeito com uma pessoa perfeita, filhos perfeitos e inteligentes, a cura para todos os males e uma situação financeira estável e equilibrada. Dizemos então a Deus: -aqui estão meus projetos e eu sou seu filho. Realize-os!
Ah, se conhecêssemos o íntimo do nosso ser como Deus conhece!... Se tivéssemos a humildade de pensar que talvez seria melhor tomar outro caminho que o planejado, não erraríamos tanto e não sofreríamos tanto!
Tente dar ao seu próprio filho tudo o que ele pede sem refletir, no momento que ele pede. Você perceberá com o tempo que ele ficou despreparado para a vida ou que correu riscos que poderiam ter sido evitados.
Deus nos dá o livre arbítrio sim. Mas na Sua sabedoria pode nos dizer se este caminho é melhor que aquele, se o coração não está influenciado demais por emoções, se o dia poderia ser pintado de outra cor.
O coração projeta sim, para hoje, para amanhã e para depois e é bom que seja assim. Precisamos de planos para o dia seguinte. Mas felizes são aqueles que sabem esperar a hora, o momento e têm a humildade de entregar esses planos àquele que esquadrinha nossos corações e conhece nosso eu.
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