Arranca o gosto amargo, destempera
o excesso de amargor, desesperanças,
e viva, sem temor, as mil nuanças
dos tempos qu'inda restam. Acelera!
Refaça teus acordes sem cobranças
dos erros cometidos, nova é a era.
O canto se reveste de quimera
em tons e semitons que tu alcanças.
Liberta-te da fera que reprime
anseios desgastados. Qual o crime
de amar e perceber-se ainda amada?
É tempo de sorrir pois a alegria
abraça o teu viver sem fantasia.
Desperta! Eu te sei enamorada!
"A poesia nasce na alma de quem a concebe
e debuta nos sentimentos que desabrocham
no peito de quem a abraça".
( Cleide Canton )