Meu Mistério
Sylvia Cohin
Eu sou Centelha fugaz O Fruto de uma alquimia Capricho de leva-e-traz Do Tempo, dia após dia... Sou Força que me conduz E desconheço a medida De toda Treva e da Luz Que me acompanham na vida...
Não tenho eira nem beira Eu sou Pó que meus pés pisam Do Cosmos sou a poeira E Adubo pros que precisam...
Sou Visão antecipada Do olho cego do Homem A cada curva da Estrada, Repasto que os chacais comem... Eu sou Símbolo conciso Do Concreto e do Abstrato Sou Tormento e Paraíso, Tudo e Nada, um entreato.
Sou Elo dessa corrente Que começa e não tem Fim, Sou Embrião e Semente, Nasço, morro e vivo em mim.
Eu não sou dona de nada, Também ninguém me possui Se de mim sou a morada, De alguém, serei ou já fui...
Trago o Bem e o Mal comigo Cavalgo as Dores da Cruz Se às vezes sou um castigo, Noutro momento eu sou Luz...
Sou daqui, mas Longe fica O Segredo que me explica.
Eu vim do Ventre que orbita Nas entranhas do Lugar De uma Harmonia infinita Que nem tem Rei pra reinar... Eu sou apenas um Ponto Na vastidão desse Império E a Grandeza que me aponto, Não existe, é um Mistério.
SYLVIA COHIN
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" A poesia da vida,
Faz com que se tenha,
Paixão por Viver."
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DOE AMOR, DOE VIDA, SEJA UM DOADOR DE ORGãOS.
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ENTRE E PARTICIPE.
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