A identidade e a Consciência
Somos como crianças com um jogo, e pensamos que o jogo é jogado por todos. A vida física não é a regra. A identidade e a consciência já existiam bem antes da formação da Terra. Supomos que qualquer personalidade deva aparecer em termos físicos. A consciência é a força por trás da matéria, e ela forma outras realidades além da realidade física. E é, novamente, o nosso ponto de vista que é presentemente tão limitado que nos parece que a realidade física é a regra e o modo da existência. A fonte e o poder de nossa presente consciência jamais foram físicos, e há um ponto na existência onde muitos sequer sabem que tal sistema físico existe. O sistema físico é uma ilusão, porém devemos aceitá-lo e do nosso ponto de vista tentar entender as realidades que existem além dele. Não podemos objetivar as porções íntimas de nossa própria identidade, e então não as percebemos. Tanta de nossa energia é usada em produções físicas que não nos permitimos perceber qualquer realidade além da nossa própria. Como crianças brincando com blocos, focalizamos nossa atenção nos blocos físicos. Os blocos físicos aparentam ser bastante reais quando residimos em sua perspectiva. Outras figuras e formas que podemos perceber, não o fazemos. Ao nos explicar outras realidades, os de consciência mais elevada que buscamos contatar para orientar-nos, tem de usar as palavras 'figuras' e 'formas', do contrário não os entenderemos. Nossa idéia de progresso é construir blocos cada vez maiores, mas um dia iremos colocar os nossos 'brinquedos de criança' de lado. A raça humana é um estágio pelo qual várias formas de consciência viajam... A nossa é um sistema de treinamento para consciências emergentes. Antes de sermos permitidos penetrar em sistemas de realidade que são mais extensivos e abertos, devemos primeiro aprender a manejar a energia e enxergar através da materialização física, o resultado concreto do pensamento e da emoção. Quando deixamos o sistema físico após reencarnações, aprendemos a lição, e literalmente não somos mais membros da raça humana, pois elegemos deixá-la. Somente o eu consciente reside nela em qualquer caso, e outras porções de sua identidade residem simultaneamente em outros sistemas de treinamento. Em sistemas mais avançados, os pensamentos e as emoções são automaticamente e imediatamente convertidos em ação, em qualquer aproximação da matéria que haja. Então as lições devem ser bem ensinadas e bem aprendidas. A responsabilidade pela criação deve ser claramente entendida. Até um certo grau estamos em um quarto isolado e aprova de som. O ódio cria destruição naquele "quarto" e até que as lições sejam aprendidas, destruição segue destruição... Nos termos de outros sistemas aquele tipo de destruição não existe - porém acreditamos que sim, e as agonias da morte são dolorosamente sentidas. Não é que devamos ser ensinados a não destruir, pois a destruição não existe realmente. É que devemos ser treinados a criar responsavelmente. As armas de destruição são coisas óbvias que vemos. Suas contrapartes não são tão evidentes, no entanto são elas que são importantes: a auto-disciplina aprendida, o controle, a compaixão que é despertada finalmente, e a última lição final - o desejo positivo por criatividade e amor sobre ódio e destruição. Uma vez aprendido isto, está terminado o ciclo. O treinamento irá nos servir na existência em uma variedade de sistemas inter-relacionados. Se as aflições e agonias em nossos sistemas não forem sentidos como reais, a lição não será aprendida. Os mestres em nosso sistema são aqueles que estão em sua última encarnação e outras personalidades que já deixaram o sistema mas foram designados a ajudar aqueles que estão ainda nele. O sistema também inclui algumas personalidades fragmentadas que estão entrando pela primeira vez, assim como aqueles em reencarnações tardias. A humanidade sonha o mesmo sonho ao mesmo tempo, e temos nosso mundo en masse. A construção inteira é como uma peça educacional na qual somos os produtores bem como os atores. Há uma peça dentro de uma peça dentro de uma peça.Não há fim para o "dentro de " das coisas. O sonhador sonha, e o sonhador dentro do sonho sonha. Mas os sonhos não são insignificantes, e as ações dentro deles são significantes. O eu inteiro é o observador e o participante nos papéis. Em geral, qual o propósito dessa existência? Em um sentido mais básico, o propósito da vida é ser - em oposição ao não ser. Em nosso sistema de realidade tridimensional estamos aprendendo sobre energia mental (também chamada de energia do pensamento ou psíquica) e como usá-la. O conhecimento da energia mental e seu uso são aprendidos quando constantemente transformamos nossos pensamentos e emoções em forma física (nossa realidade física) e então percebendo e manejando a matéria e os eventos que são formados. Ao fazermos isso, somos supostos a obter uma visão clara de nosso desenvolvimento interior conforme vai sendo refletido pelo ambiente exterior. Tomamos parte na realidade física para que possamos operar e experienciar dentro desta dimensão. Aqui podemos desenvolver as nossas habilidades, aprender, criar, resolver problemas e ajudar os outros. Matéria é o formato que a experiência básica toma quando entra em nosso sistema tridimensional. Nossos sonhos, expectativas, crenças e emoções são literalmente transformados em matéria físicos. Como isto funciona? Cada nervo e fibra em seu corpo possuem um propósito interior despercebido. Os impulsos nervosos viajam para fora do corpo ao longo de vias invisíveis, como fazem dentro do corpo. Estas vias são os transportadores dos pensamentos telepáticos, impulsos e desejos contendo todos os dados codificados necessários para traduzir qualquer pensamento ou imagem em realidade física, alterando eventos aparentemente objetivos. Esta telepatia opera constantemente em um nível "automático" ou subconsciente, provendo comunicação para respaldar os dados sensoriais. A telepatia é a cola que mantém o universo físico no lugar para que possamos concordar com a existência e propriedades dos objetos. Em um aspecto, nosso corpo e todos os objetos físicos saem voando em todas as direções do núcleo central do eu inteiro. O ambiente físico é então tanto quanto uma parte de você quanto seu próprio corpo. O que aparenta ser uma percepção, um evento objetivo concreto independente de nós mesmos, é ao invés disso, uma materialização de nossas próprias emoções, energia e ambiente mental. Eventos e objetos são na verdade pontos focais onde impulsos psíquicos altamente carregados, são transformados em algo que podem ser fisicamente percebidos: um salto para a matéria. A intensidade de um pensamento ou imagem determina largamente a imediação da materialização física. Todas as tais imagens ou pensamentos não são completamente materializadas na nossa percepção, pois sua intensidade pode ser muito fraca.
Texto do Iniciado R.M. do Mestre D.K.