O PESO DA ALMA
O que são vinte e um gramas?
O peso de uma barra de chocolate;
De algumas moedas;
De um beija- flor.
Qual o peso da alma?
O que se perde, o que se ganha na vida?
Quem traz estas reflexões é o cineasta mexicano
Alejandro González Iñárritu,
Em sua longa metragem Vinte e um gramas.
O título do filme é inspirado numa possível constatação do exato peso
Que perdemos na hora da morte, que seria o peso da alma.
Essa teoria teve sua origem nas pesquisas nada convencionais realizadas
Por um médico alemão, no final dos anos oitenta.
O clínico trabalhava numa enfermaria onde
Encontravam-se diversos pacientes terminais.
Seus estudos baseavam-se na colocação de balanças, de grande precisão,
Nos pés dos leitos dos pacientes na constatação de que,
Depois de sua morte, seu peso era decrescido de exatos vinte e um gramas.
Segundo os estudos, em todos os pacientes,
Independentemente das razões que levaram ao óbito,
Independentemente de sexo ou peso,
O valor perdido na balança era sempre o mesmo:
Vinte e um gramas.
Não nos cabe julgar da veracidade,
Dos métodos e dos resultados dessas pesquisas.
Embora suas conclusões sejam deveras interessantes.
Elas são apenas um belo pano de fundo
Para algumas reflexões mais profundas.
O que levamos desta vida?
O que deixamos aqui?
O que perdemos ao partir?
O que ganhamos depois de todo um existir na Terra?
Em primeiro lugar poderíamos afirmar, com certeza plena,
Que em vinte e um gramas não há possibilidade de espaço
Para os bens da matéria, para as riquezas do mundo,
Esses instrumentos que recebemos apenas como usufrutuários, enquanto habitamos a Terra.
Pensando nesse sentido vamos entender que
Nos vinte e um gramas,
Também não cabem às posições sociais
Ocupadas no mundo,
Mas somente aquilo que a alma
Pode aprender exercendo-as.
O aprendizado é leve;
O conhecimento é leve
As qualidades morais da mesma forma e,
Por essa razão podemos levá-los...
Conosco nesses poucos gramas
De bagagem que nos são permitidos carregar daqui.
Há lugar para os sentimentos.
Muitos sentimentos,
Alguns deles são pesados e espaçosos.
Poderíamos dizer como:
As mágoas, tristezas, culpas e,
Quando insistimos em levá-los percebemos,
O grande volume que tomaram.
Mais tarde concluímos que existiam muitas outras coisas,
Que poderíamos ter transportado conosco no lugar deles,
E não o fizemos então lamentamos.
Lugar para as realizações? Sim.
Também para os pequenos e grandes momentos de alegria.
Ah!
E não poderíamos esquecer-nos da bagagem mais leve
E menos volumosa de todas,
Para a qual, há quanto espaço desejarmos:
O amor.
Todo amor que pudermos levar e todo universo,
Que vem com ele.
Nos vinte e um gramas vãos
Nossas verdades e ficam nossas mentiras.
Vãos os sonhos a realizar e a felicidade por aqueles já realizados.
Ficam as preocupações fúteis, os desgastes tolos.
Vai à saudade junto com a esperança e a certeza de reencontros.
Fica a imagem do espelho de um reflexo que
Chamávamos de eu.
Nos vinte e um gramas pode ir nossa
Maturidade e ficar a ignorncia.
Ou carregarmos ainda o ignorar deixando aqui a oportunidade do saber.
Tantos anos de vida;
Tantas experiências;
Tantas coisas que aconteceram.
E, tudo que podemos levar pesa tanto quanto um colibri.
O que são vinte e um gramas?
O peso de uma barra de chocolate;
De algumas moedas;
De um beija- flor.
Qual o peso da alma?
O que se perde, o que se ganha na vida?
♥
(Redação do Momento Espírita)
(Recebi de Denise)
Bom dia, boa tarde e boa noite!
Paz e luz hoje e sempre!
Feliz fim de semana!
Beijos 1000 nos corações!
https://www.youtube.com/watch?v=CkmIbjJr1n0
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