Folhas perdidas
Caminhando nas folhas mortas da minha memória as pisando, me parece que crepitam com vida os sons daqueles estalados de folhas secas , que pareciam mortas, folhas de tantos outonos de minha vida
algumas a secarem naturalmente cairam outras arancadas, com seivas e gotejar, doloridas por todos outonos que passei, quanta roupagem mudei por força das imtemperies do dia a dia de minha saga vivida
desde os primeiros folhares, dos verdes inocentes as primeiras quedas de folhas imberbes apenas roupagens inocentes as primeiras perdas de folhas vivas, torturas da vida
Ao crescer das vaidades pueris, as vaidades imorais das infantilidades as maturidades, corredores de veleidades as tão mutantes adolescentes fases aos jovens adultos presumidos imortais, de fragilidade transparente
por tanta seiva perdida, por tantos ramos decepados por tantas folhas caidas, ou dolorosamente arrancadas cresci, e vi, não somente em mim, mas na vida os ritos de passagem, as fases, as idades, as evolutivas dores
as marcas no corpo talhadas, na casca deformada muitas enrrugadas no corpo sofrido de firmes raizes Amadurecimento, sabedoria mãe de toda experiencia, bem sucedida ou fracassada,
Involução do corpo, purificação da alma folhas mortas das lembranças vivas Folhas vivas farfalham sob as brisas da vida Sábias, nem caidas nem arrancadas, apenas ofertadas...
Joe’A
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