[...] Na aferição dos valores, a renúncia ante o gozo não fruído, a abnegação face ao sofrimento, tendo em vista a felicidade d outrem, o sacrifício ignorado, praticado na intimidade do silêncio, com o objetivo de ajudar o próximo, o perdão indistinto, a bondade generosa e ampla, o amor dilatado até mesmo aos inimigos, as lmpadas acesas da caridade, toda expressão de virtude incendeia o céu interior do homem e fá-lo dulcificado pela paz, multiplicando nele as bênçãos do júbilo, que pode continuar a esparzir como semente de felicidade pela senda por onde segue. Por isso, o Mestre Divino acentuou que são bem-aventurados os padecentes, os sacrificados, os pacíficos, os que amam, deles sendo o Reino dos Céus, desde a Terra, na qual estabelecem as balizas da superior construção.
Em sentido oposto, todo homem que ludibria equivoca-se a si mesmo. Aquele que consuma um crime infelicita-se. Quem proscreve o dever, prescreve a aflição para o porvir. Ninguém há, portanto, que atravesse a evolução sem a experiência conseguida a pesado tributo de amor, para poupar-se ao afligente joeirar na dor, a perene mestra e sábia amiga dos corruptos e corruptores, defraudadores todos eles das leis soberanas. O carma, pois, é a verdade estabelecendo os critérios, os arbítrios do futuro, emboscada em nossa consciência vigilante que, a seu turno, é "Deus conosco"