Danos morais Cleide Canton Garcia
E mais uma ferida se abre, tão profunda e dolorida, ostentando o troféu no pódio da vida.
Dela não me ufano e não a tenho por merecida. Busquei-te, amor insano, e lutei por ti num mar das maledicências antevendo as conseqüências. Acreditei-te! O calor de minha alma entreguei-te. E quanto mais sangrava a idolatria, mais tua distncia a tornava fria.
Anulei-me, endeusei-te... E as minhas verdades não fizeram eco na minha poesia.
Eras, em tudo, o avesso de mim e eu te quis mesmo assim. Revesti teu barquinho de papel procurando dele fazer uma nau segura, capaz de vencer adversidades e tu o pintaste com verniz de falsidades que a lama da maresia depressa corroeu.
Não mais seríamos, tu e eu, a navegar em mares tranqüilos. E, no apagar do sol no poente, dei-me conta deste amor doente sem nem mesmo ter chance de buscar a cura.
Sei pouco nadar em águas escuras, tampouco viver num lamaçal de amarguras.
Sobrevivi e aprendi. Nas areias da praia meus pés ainda sentem tuas ondas mas meu olhar se perde no horizonte onde teus sonhos são conjecturas e os meus convalescentes, sem censuras. Danos tantos Iguais a quantos! Alto investimento. Que o preço eu pague, embora em meus sonhos ainda divague...
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"A poesia da vida,
Faz com que se tenha,
Paixão por Viver.
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EU SOU DOADORA E VC?
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