Se tu soubesses quanto dói, ainda,
sentir o sonho náufrago e deserto,
o teu olhar que já não tenho perto,
todo o calor da tua voz tão linda...
O gosto amargo dessa tua ausência
no entardecer da vida que destoa
da sinfonia plena, e não perdoa
um tropeçar na falta de cadência...
Se tu soubesses... Sei que lutarias
contra Morpheu e certo vencerias
a força bruta que o roubou de mim.
Na escuridão, a lua ainda brilha
e acende o céu, deixando a tua trilha
onde me encaixo... E te verei no fim.