Minha Formiguinha.
Porque choras formiguinha Com uma espera eterna Sentada em nuvem de fumaça Com as pernas trepidas Do teu próprio sonho
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Onde estais Minha doce formiguinha Sozinha, olhando para o céu Há procura da saudade Que tinha lhe roubado à tua paz, e felicidade
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Despertando,inesperadamente do sonho Ela piscou Das terríveis desilusões Pensamentos flutuando livres Até os céus as confundia Impaciência sombria Há caminhar no vale da memória Olhos tépidos Janela da alma
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Há dor foi mais forte Não mais suportou Hoje, a formiguinha partiu Deixando, tantas e tantas saudades
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O reino encantado acabou Imaginável efêmero Corpo oscilante Espera inconstante Minha cabeça percorria longe Tudo contos de fadas Olhando para o céu Chegando bem pertinho Da estrela mais brilhante Passando minha mão Nos teus cabelos brancos E volto a perguntar Porque choras formiguinha
Fátima de Souza
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