Frenesi
Ah... O frenesi do meu cigano! Aquele sangue quente de rubra rosa, Que late em meu peito forte e soberano, Faz-me mais mulher... Mais gloriosa!
Enlouquece-me de prazer e emoção! Na sua dança leva toda a minha vida... Revoluciona o meu pobre coração... Numa paixão ardente e desmedida.
Com seus beijos... Provoca um escarcéu, Vai se apossando de todos os recantos... Levando-me pela noite, tirando o véu... Desnudando-me ante os seus encantos...
Ah... Esse frenesi, essa demente lucidez, Que atordoa minha cabeça e festeja o amor, Faz em cada aurora com sua franca nudez... Desabrochar a mais ardente e cheirosa flor!
Ah... O frenesi sem fim desse doce homem... É um vale perigoso... Sinuoso, contundente! Minha alma e o meu corpo consome... Numa volúpia avassaladora e permanente!
Ah... O frenesi que ele tão bem esconde... Ninguém pode supor ou adivinhar... É desejo vulcnico que em mim responde... É bem maior do que o céu, do que o mar! (Autora: Marilena Trujillo)
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