As lágrimas são a chuva da alma que lava os porões da tristeza. Descem pela face que espalma, os ritos da angústia e incerteza.
Quentes como pétalas aveludadas, resvalando pelo rio da sensibilidade, as lágrimas parecem pérolas geradas, pelo hostil oceano da adversidade.
Porém há quem chore de alegria, em pencas frescas e cristalinas. São lágrimas em colares de euforia, girando como os moinhos das salinas.
Bendita seja a sublime sensibilidade, de quem chora na alegria e na tristeza. A chuva da alma traz a serenidade, pela vidraça da mais sultil beleza.
Guida Linhares
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